A verdadeira cultura é a revolução

A verdadeira cultura é a revolução

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Enquanto mais regional mais universal

Quando não conhecemos as especificidades dos outros grupos e escondemos as nossas cortamos um diálogo sobre valores humanos e nos limitamos aos valores comercias, o mundo está direcionado a perpetuar as relações mercantis sobre todas as coisas.
Uma simples amizade, por exemplo, de compartilhar a sombra de um pé de manga e passar uma tarde regada a histórias e risadas é coisa de outro mundo, só ha espaço para a vida virtual da internet ou a conversa em mesa de bar, percebi que a minha rotina de vida incluía bebida como algo determinante para uma relação social, bebia todos os finais de semana e em momentos especiais não especificados, ritualisticamente bebia todos os finais de semana, mas devido aos momentos especiais não especificados bebia quase todos os dias, o exercício da amizade só existia a partir de uma atividade de consumo.
A relação de consumo provoca uma falta de diplomacia cultural entre todos os povos dos bairros aos estados brasileiros e do mundo todo.
Obedecendo as leis do mercado as instituições guiam suas pautas para onde caminham os louros do lucro, por essa lógica os meios justificam os fins, os Estados de maior poder econômico determinam o que deve ser a cultura do país, assim como os estados unidos propagam sua cultura como a melhor do mundo, a célula mãe da bestialidade.
Uma nova diplomacia cultural de troca e respeitos aos valores opostos é a possibilidade de uma nova comunicação mundial, uma relação em que nada mais haverá valorizado que o prazer de conhecer a nós como viventes do planeta.
Alagoas está vivendo um momento de violência tão grande quanto à crise de identidade, agravando-se pela falta de integração entre os grupos, mas, é nesse momento, graças à mecânica da dialética, que está em voga um sentimento de esperança provocando uma grande união entre os grupos, especialmente os grupos culturais, que fizeram os olhos brilhar quando semana passada eles realizaram, e foi notícia na mídia alagoana, o primeiro ato político organizado pelo movimento popular e cultural da cidade, dias depois o grupo percussivo Guerreiros da Vila, formado por moradores do lixão, a comunidade do Jardim Alagoas e o Quintal Cultural realizaram uma batucada percorrendo as ruas do farol, pessoal da favela sururu de capote se articulando com a favela do Jaraguá para encontro de intercambio e assim como todos os 46 grupos culturais que aderiram ao movimento estão certos da necessidade de dar as mãos.
Por meio de uma nova cultura estamos desconstruindo uma cultura de desunião e desrespeito.
É notória e factual uma nova diplomacia cultural.

Rogério Dias
88195676

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